RETRATO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS: UM ESTUDO DE UMA COMUNIDADE RIBEIRINHA NA AMAZÔNIA PARAENSE

Authors

  • Walace Coelho de Oliveira
  • Aline Santos Oliveira
  • Brenno César Vulcão de Souza
  • Camila Isabelly França Dias
  • Nicolli dos Santos Ferreira
  • Eunice Lara dos Santos Cunha
  • Natália Karina Nascimento da Silva
  • Lelison Leite de Souza

DOI:

https://doi.org/10.56083/RCV4N4-112

Keywords:

comunidade, vulnerabilidade, saneamento básico, saúde pública, desigualdade social

Abstract

As comunidades ribeirinhas, são reconhecidas politicamente, entretanto, apesar dos amparos legais, ainda vivem expostas a diversos riscos, devido a fatores socioambientais, como a falta de acesso a sanemaneto básico, água potável e educação em saúde. O presente artigo aborda as consequências da exclusão social, a partir da realidade precária de saneamento básico e ambiental na comunidade ribeirinha, localizada no município de Tucuruí-PA, bairro Rio Onze – Porto Pesqueiro. Objetivou-se, portanto, realizar uma análise observacional para verificar os problemas mais nevrálgicos na localidade em questão, relacionadas às questões de saneamento básico e ambiental, carência de políticas públicas e as possíveis implicações no processo saúde-doença. O estudo é de caráter qualitativo descritivo, de abordagem observacional, visto que se registrou informações sobre o espaço geográfico, sem interferência ou manipulação do ambiente. Por conseguinte, observou-se fatores de exclusão social devido ao afastamento da população ribeirinha de centros urbanos, por exemplo, da Vila Permanente, bairro adjacente ao Rio Onze, que recebe coleta de lixo diária, esgotamento sanitário adequado e ruas pavimentadas em contraste com a comunidade ribeirinha que vive em condições precárias de saúde com ausência de coletas de resíduos sólidos e esgotamento sanitário, gerando uma desigualdade social. Esses fatores podem levar ao aparecimento de doenças agudas e o acometimento por inúmeras parasitoses, principalmente, às de veiculação hídrica que afetam os grupos mais vulneráveis, sobretudo as crianças. Sendo asism, a pesquisa retratou que que embora as comunidades ribeirinhas fossem amparadas e reconhecidas pelo Governo Federal, as exposições e vulnerabilidades  constantes geram um fator preocupante. Portanto, evidencia-se a necessidade de políticas públicas diligentes, enfatizando a coleta de lixo constante, esgotamento sanitário adequado e a prática de educação em saúde.

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Published

2024-04-17

How to Cite

Oliveira, W. C. de, Oliveira, A. S., Souza, B. C. V. de, Dias, C. I. F., Ferreira, N. dos S., Cunha, E. L. dos S., Silva, N. K. N. da, & Souza, L. L. de. (2024). RETRATO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS: UM ESTUDO DE UMA COMUNIDADE RIBEIRINHA NA AMAZÔNIA PARAENSE. Revista Contemporânea, 4(4), e3863. https://doi.org/10.56083/RCV4N4-112

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