A REVOLUÇÃO BRANCA DAS BANDEIRANTES: CONSIDERAÇÕES SOBRE AS INFLUÊNCIAS SOCIOCULTURAIS DOS ANOS SESSENTA E O PROJETO DE REFORMULAÇÃO INSTITUCIONAL

Authors

  • Samara dos Santos Carvalho

DOI:

https://doi.org/10.56083/RCV4N3-052

Keywords:

Movimento Bandeirante, Anos 1960, Projeto de Reformulação Institucional, Movimentos Sociais

Abstract

Esse trabalho tem como objetivo propor um diálogo acerca dos resultados parciais apresentados durante o desenvolvimento de uma pesquisa de mestrado e a revisão de novas reflexões obtidas a partir de uma leitura mais pontual sobre alguns fenômenos sociais ocorridos na década de 1960 e que foram caracterizados como fundamentais para a compreensão das mudanças institucionais que envolvem o Movimento Bandeirante no Brasil. O texto foi dividido em três partes: na primeira é feita uma apresentação sistematizada sobre a origem da instituição e sua proximidade com o Escotismo, se discute a influência do feminismo da segunda onda, o movimento estudantil de Maio de 1968 e o Concílio Vaticano II. Por fim, é analisada a influência desses fenômenos na elaboração do Programa de Reformulação Institucional – (PRI) ocorrido entre os anos de 1967 e 1974, que gerou profundas transformações na organização da instituição no país. A pesquisa contou com análise do projeto de reformulação institucional, estatutos, manuais de adestramento e artigos publicados e veiculados pela FBB.

References

ADELMAN, Mirian. A voz e a escuta: Encontros e desencontros entre a teoria feminista e a sociologia contemporânea. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) – Programa de Pós- Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC, Florianópolis, 2004.

BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação. Cadernos Pagu, Campinas, v. 26, p. 329-376, jan. 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-83332006000100014

BURKE, Peter (Org.). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Ed. Unesp, 1992.

CARVALHO, Samara dos Santos. O Movimento Bandeirante e as relações de gênero no contexto social brasileiro do século XX. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Filosofia Letras e Ciências, Marília, 2014, 191f.

ESPÍRITO SANTO, Murillo M.; BALDASSO, Thiago. O. A Revolução Iraniana: Rupturas e Continuidades na Política Externa do Irã. Revista Perspectiva, Porto Alegre, vol. 10, n.18, 2017.

FAUSTO-STARLING, Anne. Dualismo em duelo. Cadernos Pagu, Campinas, v. 17/18, p. 9-79, 2001/2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-83332002000100002

FBB. BANDEIRANTES. Rio de Janeiro: Federação das Bandeirantes do Brasil, 1928-1980.

______. Chama acesa: o livro do Bandeirante. Rio de Janeiro: Grafitto, 2008.

______, Projeto de Reestruturação Institucional: 1967-1974. Rio de Janeiro: FBB, 1968.

______. Faça amor e não a guerra: Marcuse e a filosofia hippie. Bandeirantes, Rio de Janeiro, p. 36, 1974.

______. Estatuto da Federação das Bandeirantes do Brasil. Rio de Janeiro: FBB, 1945.

FELLINI, Mariela. O Movimento Bandeirante entre tensões e contradições: a reformulação institucional de 1968. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade do Vale dos Sinos – UNISINOS, São Leopoldo, 2017, 117 p.

FLAX, Jane. Pós-modernismo e relações de gênero na teoria feminista. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque (Org). Pós-Modernismo e Política. Rio de Janeiro: Rocco, 1992, p. 217-250.

GIDDENS, Anthony. A transformação da intimidade: sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. São Paulo: UNESP, 1992.

GORDINHO, Margarida Cintra. Ser Bandeirante: memória da região de São Paulo. São Paulo: Marca D’Água, 1992.

HAIDER, Asad. Armadilha da identidade: raça e classe nos dias de hoje. São Paulo: Veneta, 2019.

HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

______. A era dos impérios.12. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008.

LE GOFF, Jacques (Dir.). A História nova. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

MEYER, Dagmar. Teorias e políticas de gênero: fragmentos históricos e desafios atuais.

Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v. 57, n. 1, p. 13-18, jan./fev. 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-71672004000100003

MOTTA, Maria Inez F. Bandeirantismo no Brasil: um estudo de caso sobre mulher e modernidade. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1988.

NASCIMENTO, Jorge C. A escola de Baden-Powell: cultura escoteira, associação voluntária e escotismo de Estado no Brasil. Rio de Janeiro: Imago, 2008.

JAMESON, Fredric. Periodizando os anos 1960. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque (Org). Pós-Modernismo e Política. Rio de Janeiro: Rocco, 1992, p. 81-126.

JEAL, Tim. Baden-Powell: founder of the boy scouts. New Haven: Yale University Press, 2001

PISCITELLI, Adriana. Recriando a (categoria) mulher? In: ALGRANTI, Leila (Org). A prática feminista e o conceito de gênero. Campinas: IFCH-UNICAMP, 2002.

POLLAK, Michel. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, o. 5, n. 10, 200-212, 1992.

PEDRO, Joana Maria. Traduzindo o debate: o uso da categoria de gênero na pesquisa histórica. História, São Paulo, v. 24, n. 1, p.77-98, 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-90742005000100004

ROMÃO, José Eustáquio. Os Frutos de Maio de 1968 - O Grito Dos Silenciados. Rhela. Vol 11. Año 2008, pp. 189-204 DOI: https://doi.org/10.19053/01227238.1505

ROSS, Kristin. Maio de 68 e suas repercussões. São Paulo: Editora SESC, 2018.

SAID, Edward. Orientalismo: O Oriente como invenção do Ocidente. 3ª. Ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

WOODS, Alan. A Revolução Francesa de Maio de 1968. Marxismo e Autogestão. Ano 03, num. 05, jan./jun. 2016.

ZUQUIM, Judith; CYTRYNOWICZ, Roney. 60 anos de Escotismo e Judaísmo (1938- 1998): a construção de um projeto para a juventude: uma história do grupo Escoteiro e Distrito Bandeirante Avanhandava. São Paulo: Congregação Israelita Paulista, 1999.

Published

2024-03-07

How to Cite

Carvalho, S. dos S. (2024). A REVOLUÇÃO BRANCA DAS BANDEIRANTES: CONSIDERAÇÕES SOBRE AS INFLUÊNCIAS SOCIOCULTURAIS DOS ANOS SESSENTA E O PROJETO DE REFORMULAÇÃO INSTITUCIONAL. Revista Contemporânea, 4(3), e3554. https://doi.org/10.56083/RCV4N3-052

Issue

Section

Articles