INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS BRASILEIRAS: MOTIVOS, MÉTODOS E DIFERENCIAIS
DOI:
https://doi.org/10.56083/RCV3N5-033Keywords:
Empresas, Estratégias, Internacionalização, Motivações, Estudo de casoAbstract
O presente estudo tem como tema a internacionalização de empresas brasileiras, tendo como objetivo determinar os motivos que afetam o método de internacionalização da empresa, as estratégias e modelos por eles escolhidos, as causas que amparam essas escolhas e quais os fatores diferenciadores que a empresa possui que possibilita competirem no mercado internacional. Neste trabalho, foi usada uma pesquisa qualitativa e aplicado o método de estudo de caso. Para a coleta de dados primários, optou-se por realizar entrevistas com os responsáveis pela internacionalização das empresas que aceitaram participar no estudo, os quais foram complementados por dados secundários recolhidos em várias fontes de informação. As conclusões deste estudo indicam que alguns aspectos sustentados pelo modelo de Uppsala são importantes para a compreensão do processo de internacionalização das empresas, embora em nenhum dos casos, a empresa tenha seguido todas as etapas explicadas no modelo. Os resultados também indicam que há empresas que iniciaram a expansão internacional no mesmo ano de sua origem devido aos seus modelos de negócios, métodos operacionais e perfil empreendedor dos fundadores da empresa. Nos casos analisados, as alianças estratégicas, parcerias e a exportação são os procedimentos e meios de entrada escolhidos pelas empresas para adentrarem no mercado externo. Os resultados permitem entender que as empresas buscam os mercados internacionais principalmente por motivos de crescimento, com uma estratégia clara e proativa e buscando a internacionalização desde a sua fundação, sendo que, a distância psíquica também afeta a decisão de iniciar ou fortalecer o processo de internacionalização.
References
Almendra, R. S., de Vasconcelos, A. C., Silva, R. B., & De Luca, M. M. M. (2018). Internacionalização, risco sistemático e disclosure de riscos em empresas listadas na BM&FBovespa. Enfoque: Reflexão Contábil, 37(3), 73-91. DOI: https://doi.org/10.4025/enfoque.v37i3.38090
Amaral Nogueira, C. S. (2014). A concessão de incentivos à internacionalização das empresas e a aplicação dos modelos de previsão de falência-Estudo de caso: Zilian (Dissertação), Instituto Superior de Gestão.
Andersen, O. (1997). Internationalization and market entry mode: A review of theories and conceptual frameworks. MIR: Management International Review, 27-42.
Aurélio Neto, O.P. (2018). Estratégia espacial no mercado mundial de carne: a internacionalização do setor frigorífico brasileiro. (Dissertation) Doctorate, Universidade Federal de Goiás.
Autio, E., Sapienza, H. J., & Arenius, P. (2005). International social capital, technology sharing, and foreign market learning in internationalizing entrepreneurial firms. In International entrepreneurship. Emerald Group Publishing Limited DOI: https://doi.org/10.1016/S1074-7540(05)08002-5
Barney, J., Wright, M., & Ketchen Jr, D. J. (2001). The resource-based view of the firm: Ten years after 1991. Journal of management, 27(6), 625-641. DOI: https://doi.org/10.1177/014920630102700601
Bell, J., McNaughton, R., & Young, S. (2001). ‘Born-again global’firms: An extension to the ‘born global’phenomenon. Journal of international management, 7(3), 173-189. DOI: https://doi.org/10.1016/S1075-4253(01)00043-6
Björkman, I., & Forsgren, M. (2000). Nordic international business research: a review of its development. International Studies of Management & Organization, 30(1), 6-25. DOI: https://doi.org/10.1080/00208825.2000.11656780
Borini, F. M., Ribeiro, F. C. F., Coelho, F. P., & Proença, E. R. (2006). O prisma da internacionalização: um estudo de caso. Revista de Administração FACES Journal 5 (3), 42-55
Buckley, P. J., & Casson, M. (2003). The future of the multinational enterprise in retrospect and in prospect. Journal of International Business Studies, 34(2), 219-222. DOI: https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8400024
Carneiro, J., & Dib, L. A. (2007). Avaliação comparativa do escopo descritivo e explanatório dos principais modelos de internacionalização de empresas. Revista Eletrônica de Negócios Internacionais (Internext), 2(1), 1-25.
Costa, M. A. C. (2017). Internacionalização das empresas: perspectivas, motivação e barreiras. Trabalho de Conclusão de curso. Universidade Federal da Paraíba.
Costa, S., & Lorga, S. (2003). Internacionalização e redes de empresas. Conceitos e Teorias. Editorial Verbo.
Crick, D., & Spence, M. (2005). The internationalisation of ‘high performing’UK hightech SMEs: a study of planned and unplanned strategies. International business review, 14(2), 167-185. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ibusrev.2004.04.007
Cunha, S. K. (2010). Processo de internacionalização de uma empresa multinacional brasileira de base tecnológica. Revista de Administração FACES Journal, 9(4), 67- 84
Dal-Sato, F., Alves, J. N., Bulé, A. E., & do Amarante, C. C. (2015). O processo de internacionalização da empresa de software TOTVS sob a ótica da abordagem comportamental. REGE-Revista de Gestão, 22(4), 493-508. DOI: https://doi.org/10.5700/rege574
De Jesus, R. B., & Bassan, D. S. (2017). As estratégias de internacionalização de empresa do ramo coureiro-calçadista do município de Nova Hartz-RS. Revista de Administração de Empresas Eletrônica-RAEE, (7), 172-196.
de Souza, E. C. L., & Fenili, R. R. (2012). Internacionalização de empresas: perspectivas teóricas e agenda de pesquisa. Revista de Ciências da Administração, 103-118 DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8077.2012v14n33p103
Dias, M. C. C. F. (2007). A internacionalização e os factores de competitividade: o caso Adira. Universidade do Porto.
Dib, L. A. (2008). O processo de internacionalização de pequenas e médias empresas e o fenômeno born global: estudo do setor de software no Brasil. Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Etemad, H. (2004). Internationalization of small and medium-sized enterprises: a grounded theoretical framework and an overview. Canadian Journal of Administrative Sciences, 21(1), 1. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1936-4490.2004.tb00319.x
Fernandes, J. M. (2014). Caminhos do Exportador. Estratégias de internacionalização. Coimbra: Conjuntura Actual Editora
Floriani, D. E., & Fleury, M. T. (2012). O efeito do grau de internacionalização nas competências internacionais e no desempenho financeiro da PME brasileira. Revista de Administração Contemporânea, 16, 438-458. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-65552012000300007
Furlan, J., Zanotto, M. P., Carraro, I., & Barcellos, P. F. P. (2016). Estratégias de Marketing Internacional como facilitadoras do processo de Internacionalização: Estudo de Caso em uma empresa brasileira fabricante de materiais de fricção. In XVI Mostra de Iniciação Científica, Pós-graduação, Pesquisa e Extensão. DOI: https://doi.org/10.18226/610001/MOSTRAXVI.2016.32
Gabrielsson, M. (2005). Branding strategies of born globals. Journal of International Entrepreneurship, 3(3), 199-222. DOI: https://doi.org/10.1007/s10843-005-0401-5
Gripsrud, G. (1990). The determinants of export decisions and attitudes to a distant market: Norwegian fishery exports to Japan. Journal of International Business Studies, 21(3), 469-485. DOI: https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8490829
Hill, C. W. L. (2011). International Business: Competing in the Global Marketplace. 8ª ed. New York: McGraw-Hill.
Hymer, S. H. (1960). The international operations of national firms, a study of direct foreign investment (Doctoral dissertation, Massachusetts Institute of Technology)
Johanson, J., & Vahlne, J. E. (1977). The internationalization process of the firm - a model of knowledge development and increasing foreign market commitments. Journal of international business studies, 8(1), 23-32. DOI: https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8490676
Johanson, J., & Vahlne, J. E. (1990). The mechanism of internationalisation. International marketing review. DOI: https://doi.org/10.1108/02651339010137414
Johanson, J., & Wiedersheim-Paul, F. (1975). The internationalization of the firm: Four Swedish cases. Journal of management studies, 12, 305-322. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1467-6486.1975.tb00514.x
Katsikeas, S., & Piercy, N. F. (1993). Long-term export stimuli and firm characteristics in a European LDC. Journal of International Marketing, 1(3), 23-47. DOI: https://doi.org/10.1177/1069031X9300100303
Katsioloudes, M. A. R. I. O. S. I., & Hadjidakis, S. (2007). International business a global perspective, New York: British Library Cataloguing in Publication Data. DOI: https://doi.org/10.4324/9780080471464
Knight, G.; Cavusgil, S. (1996). The born global firm: a challenge to traditional internationalization theory. In: Cavusgil, S.; Madsen, K. (eds.) Export internationalizing research – enrichment and challenges. Advances in International Marketing, 8, 11-26.
Madsen, T. K., & Servais, P. (1997). The internationalization of born globals: an DOI: https://doi.org/10.1016/S0969-5931(97)00032-2
evolutionary process?. International business review, 6(6), 561-583.
Mariotto, F. L. (2007). Estratégia internacional da empresa. São Paulo: Thomson Learning.
Mello, R. C., Rocha, A. D., & Maculan, A. M. (2009). A trajetória internacional das pequenas empresas: é possível conciliar as teorias comportamentais? In: IV Encontro de estudos em estratégia – 3ES. Anais. Recife: Anpad.
Oviatt, B.; McDougall, P. (1994). Toward a Theory of International new Ventures. Journal of International Business Studies, 25/1, p. 45-64. DOI: https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8490193
Pinto, M., & Pereira, R. (2016). A internacionalização das PME portuguesas: um estudo de caso. XXVI jornadas Luso-Espanholas de gestão cientifica-competitividade das regiões transfronteiriças. http://hdl.handle.net/10400.22/7709
Reid, S. D. (1981). The decision-maker and export entry and expansion. Journal of international business studies, 12(2), 101-112. DOI: https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8490581
Rennie, M. W. (1993). Born global. The McKinsey Quarterly, (4), 45-53.
Rubim, M. (2004). A internacionalização da moda brasileira. COPEAD/UFRJ.
Rugman, A. (2006). Inside the multinationals 25th anniversary edition: the economics of internal markets. Springer. DOI: https://doi.org/10.1057/9780230625167
Santos, L. B. (2015). Políticas públicas e internacionalização de empresas brasileiras. Sociedade & Natureza, 27, 37-52. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-451320150103
Silva, D. R.,Torres, R. C., & Rocha, A. M. C. (2010) Precursores Teóricos do Modelo de Internacionalização de Uppsala: a Contribuição de Penrose, Cyert & March e Aharoni. XXXIV
Simões, V. C., & Dominguinhos, P. (2005, December). Born globals versus domestic venture: an exploratory study on opportunity framing differences. In EIBA Annual Conference.
Smith, A. D., & Zeithaml, C. (1999). The intervening hand: Contemporary international expansion processes of the regional Bell operating companies. Journal of Management Inquiry, 8(1), 34-64 DOI: https://doi.org/10.1177/105649269981005
Weisfelder, C. J. (2001). Internationalization and the multinational enterprise: Development of a research tradition. In Reassesing the Internationalization of the Firm. Emerald Group Publishing Limited DOI: https://doi.org/10.1016/S1474-7979(01)11015-X
Yip, G. S. (2001). Estratégia Global... num Mundo de Nações. In Mintzberg, et al.(eds) O processo da estratégia: conceitos, contextos e casos relacionados, 4, 240-247.
Zucchella, A. (2002). Born global versus gradually internationalizing firms: an analysis based on the Italian case. In Proceedings of the 28th EIBA Annual Conference. European International Business Academy