POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA FACE AO PRINCÍPIO DA EQUIDADE: NOÇÕES BASILARES DOS PRECEPTORES E RESIDENTES EM MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE
DOI:
https://doi.org/10.56083/RCV3N3-002Keywords:
Saúde da População Negra, Política Pública, Racismo, EquidadeAbstract
Objetivo: Avaliar o conhecimento de profissionais atuantes no Programa de Residência Médica e preceptoria em Medicina de Família e Comunidade sobre a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Metodologia: Trata-se de estudo quantitativo, descritivo, com dados coletados por meio de questionário criado com a ferramenta Google Forms®. Participaram médicos residentes e preceptores da residência em Medicina de Família e Comunidade vinculados ao Centro Universitário de Patos. Resultados: A maioria do público é feminino, jovem e residente do segundo ano. Observou-se que todos reconhecem que existe racismo no Brasil, mas parcela considerável não acredita que conhecer a Política contribua para garantir o princípio da equidade, ao mesmo tempo que considera importante todos os profissionais da Atenção Primária à Saúde conhecê-la e praticá-la. Ainda, os dados foram heterogêneos quanto ao período (graduação, residência ou outro) em que tiveram ciência do tema, o que desperta olhares para as matrizes curriculares das instituições de ensino médico. Conclusão: É importante e urgente falar sobre políticas públicas às populações vulneráveis. O ensino médico na Paraíba e, pode-se dizer, no Brasil, ainda é deficitário acerca de temas cotidianos e das diferentes realidades que podemos encontrar em um país tão grandioso em extensão territorial, cultura, raças e vivências.
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