Staphylococcus sp. EM DIFERENTES TIPOS DE MÁSCARAS FACIAIS UTILIZADAS PELA POPULAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.56083/RCV3N11-112Keywords:
Contaminação Microbiana, Resistência Bacteriana, Máscaras FaciaisAbstract
No contexto pandêmico da Covid-19 que emergiu no início de 2020, a busca por equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras faciais, aumentou consideravelmente. O que anteriormente era requerido apenas por profissionais da saúde, passou a ser utilizada por toda a população como forma de proteção contra o vírus SARS-CoV-2, entretanto, a utilização incorreta dessas máscaras contribuiu para que se tornassem uma fonte de contaminação microbiana, oferecendo riscos aos usuários. Este estudo objetivou analisar a contaminação microbiana de máscaras descartáveis e de tecido, a fim de correlacionar esses dados com a eficácia de proteção de cada tipo de máscara. O material para análise foi coletado com swab estéril e semeado em Ágar Nutriente. Após 24h de incubação a 37ºC, as colônias bacterianas obtidas foram isoladas e identificadas através de características morfológicas e bioquímicas. Realizou-se também testes de disco-difusão em ágar, a fim de determinar o perfil de suscetibilidade das espécies bacterianas identificadas. Os resultados demonstraram que 100% das espécies foram identificadas como bactérias Gram positivas pertencentes ao gênero Staphylococcus, sendo 62% identificadas como Staphylococcus epidermidis e 38% como Staphylococcus aureus. As cepas de Staphylococcus epidermidis se mostraram sensíveis à maioria dos antibióticos testados, em contrapartida, as cepas de Staphylococcus aureus apresentaram um quadro de resistência preocupante. A presença de Staphylococcus aureus multirresistente na comunidade, chama atenção para os perigos do uso indiscriminado de antibióticos, sem a devida prescrição médica, e a irregularidade na sua administração, muitas vezes interrompida precocemente, o que certamente contribui para seleção de bactérias resistentes na comunidade. Desta forma, torna-se necessário orientar a população em todos esses aspectos a fim de diminuir os riscos de infecção bacteriana e seleção de bactérias resistentes.
References
ANVISA, nota técnica gvims/ggtes/anvisa nº 04/2020 – 25/02/2021. Orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (sars-cov-2). Disponível em: <https://www.gov..br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/notas-tecnicas/nota-tecnica-gvims_ggtes_anvisa-04_2020-25-02-para-o-site.pdf>. Acesso em: 27/06/2022.
BAUER, A. W. et al. Antibiotic Susceptibility Testing by a Standardized Single Disk Method. The American Journal of Clinical Pathology, 45: 493-496, 1966. DOI: https://doi.org/10.1093/ajcp/45.4_ts.493
CARVALHO, J.J.V. et al. Bactérias multirresistentes e seus impactos na saúde pública: Uma responsabilidade social. Research, Society and Development, v. 10, n. 6, 2021. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.16303
DAYAN, Gustavo et al. Staphylococcus aureus: the current state of disease, pathophysiology and strategies for prevention Expert Review off vacines. Taylor&FrancisOnline, Volume 15, Edição 11. p. 1373-1392, 2016. DOI: https://doi.org/10.1080/14760584.2016.1179583
MACINTYRE, C.R. et al. A cluster randomised trial of cloth masks compared with medical masks in healthcare workers. BMJ Open. v5(4):2015 DOI: https://doi.org/10.1136/bmjopen-2014-006577
OLIVEIRA, A.C. et al. Epidemiologic characteristics of resistant microorganisms present in reverses from an intensive care unit. American Journal of Infection Control, v. 40 (2), p. 186-187, 2012. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ajic.2011.04.010
ZHANG, Xu et al. Master mechanisms of Staphylococcus aureus: consider its excellent protective mechanisms hindering vaccine development. Sciene Direct, Volume 212-213, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.micres.2018.05.002